23.9.14
You're my disease
Cada uma de suas pintas em comunhão com minhas cicatrizes. A neblina de cigarro sobre nossas cabeças e o cheiro de álcool impregnado no quarto. As paredes movimentando-se com a mesma frequência de nossos corpos colados e suados; barulhos baixos e sufocados ecoando no vazio daquela noite sem fim. O tempo tinha parado.
Ainda posso sentir seu cheiro misturado ao meu - três banhos não foram suficientes para tirá-lo de mim, apesar de ter sido o bastante para eliminar o cheiro de cigarro. Mesmo depois de polir, esfregar e esfoliar cada centímetro do meu corpo, eu ainda cheirava à você. Cheirava à noite passada, às lágrimas aflitamente derramadas e à dor tão duramente sentida.
Mais uma vez, a embriaguez não me permitiu negar-te e, como de praxe, deixei cada uma das minhas vontades mais reprimidas soltarem as asas e gritarem teu nome. O escuro da noite passada agora me atormenta, e os flashes apagados de memórias incertas e descrentes correm pela minha mente enquanto eu acendo o terceiro cigarro da última hora na esperança de apagar-te de mim.
Ainda não aprendi a amar-te com calma. Encanta-me amar-te às pressas, com a vontade e coragem de um guerreiro; não sei mais amar-te no silêncio, no escuro. Minhas veias estouraram de tanto aguentar teus toques fortes e grosseiros.
Você ainda é meu erro mais certo e, meu deus, estou farta de errar.
- Em Tenebris
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