24.12.12

Give me love



     Ando pensando em nós dois novamente. Sonho com o nosso possível e talvez nunca existente primeiro encontro. Me imagino saindo do trabalho, com o cabelo preso e saia social, entrando em um café tão comum como os outros e vendo você. Imagino minha primeira reação… A sua. Será que me reconheceria? Que me abraçaria e pediria perdão por todos os erros estúpidos cometidos por nós naquele ano de dois mil e nove que tinha tudo para ser perfeito? Iria me sentar ao seu lado. Talvez choraria um pouco ao sentir seu verdadeiro cheiro, me espantaria com algum minimo defeito em seu rosto maravilhoso, daria risada do seu tamanho ou do meu.
    Queria explicar o motivo de ter fugido tantas e tantas vezes, iria querer ouvir sua explicação por ter fugido tanto quanto eu. Dariamos risada? Conversariamos como velhos amigos? Ou seria estranho e sem cor? Eu contaria dos meus filhos, você dos seus. Talvez minha filha realmente se chamasse Mariana e o seu filho se chamasse Lucas. Talvez eu esteja casada com um homem que teria aparecido sem motivo algum em minha vida e você talvez esteja casado com aquela Letícia que tanto amou. Imagino o que sua voz iria causar em mim. Já a ouvi tantas vezes, mas o baque de sentir inclusive sua respiração perto de minha pele talvez me fizesse desmaiar. 
    Nos olharíamos nos olhos, abriríamos um sorriso e pensaríamos como perdemos em ter deixado que nosso amor se rompesse. Ambos saberíamos o quanto o outro ainda está vivo dentro de si, e apesar de querermos nos envolver novamente, o futuro vai nos lembrar todos os motivos de toda aquela história ter acabado em dois mil e nove e por algum motivo maior não estaríamos juntos naquele momento. Nem num próximo. 
    Trocaríamos os novos telefones e promessas de nos vermos regularmente. Mas nenhum teria coragem de telefonar para apenas perguntar um velho segredo ou acontecido, muito menos para saber como o outro está. Pois nós dois saberíamos que nosso amor ainda está vivo o suficiente para que qualquer palavra atravessada nos faça ficar juntos novamente, e saberíamos também que voltar nunca seria a melhor escolha.     Por mais que eu o ame e você me ame. 
   Talvez depois desse momento, enfim seja nossa hora de deixar todo esse sentimento ir embora, com a certeza de que nunca iriamos voltar. Ou esse encontro apenas nos faça manter a chama do nosso amor viva por mais muitos anos, na espera de que um dia tudo aquilo volte a ser como era antes. Ou melhor, como éramos antes.
- Em Tenebris 

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