1.1.13

Não, não vá embora... Vou morrer de saudade




      Esse é o 4° dois de janeiro que passo sem você. O 4° dois de janeiro em que você ta do lado de lá, e eu do lado de ca... Sem saber o que falar, sem saber quem buscar, onde te procurar... Sem ouvir tua voz, ainda sem saber teu cheiro e tua altura. É o 4° dois de janeiro em que tudo dói aqui dentro, onde ainda parece faltar um pedaço, um pedaço que se foi e nunca mais voltou.
     Quatro anos sozinha. E poderia ser diferente, poderia ser cinco anos do teu lado. Ou então, pelo menos poderia ser três anos sem você... Quem sabe com sorte, apenas dois, ou um. Mas são quatro. Quatro anos. 1460 dias sem você. Sem nossas brigas, nossas ligações intermináveis, sem teu sorriso torto na web, sem meu shorts azul que você tanto gostava.
      Parte meu coração ver todo o trecho da minha vida que percorri sem você... Parte mais ainda saber que 1460 dias se passaram e ainda dói no fundo, sabe? Não tanto quanto costumava doer, mas arde, incomoda, prejudica. Parte meu coração lembrar de todos os momentos incriveis que passamos "juntos". Você ai do lado de lá, e eu do lado de cá.
      Talvez um dia a gente possa se encontrar e eu possa dizer tudo aquilo que eu não disse... Te explicar as palavras atravessadas, traições e todas as outras coisas ruins que aconteceram. Queria poder te olhar nos olhos por uma vez que seja, apenas por olhar, e sorrir e poder rir de tudo isso. Talvez você também espere todo dia dois. Talvez olhe para o relógio constantemente e espere o celular vibrar.
      Talvez também sente no canto da cama no final da tarde, encoste a cabeça na parede e sinta os olhos marejarem ao lembrar daquele ano de 2009 que tanto bem fez para nós dois. Você pode abrir aquela caixa que o presenteei, folhear teu livro preferido e lembrar de como fomos felizes. De como nos amamos de um jeito que mostrava que o eterno era o agora de antes.
     Talvez, não seja só eu quem sofre tanto com o dois de janeiro, talvez você também saiba que perdeu o amor da sua vida. Talvez pense em como foi idiota, talvez também queira voltar no tempo, assim como eu quero. Talvez você ainda evite meu nome, ou então ainda queira tatuar minha inicial. Talvez você se arrependa de todas as palavras atravessadas, do adeus que soou como uma facada em ambos corações.    
     Talvez, você ainda odeie aquele dia dez, e ainda espere por um novo recomeço. Talvez, você ainda disque meu telefone a meia noite e ainda espere coragem para ligar. Talvez, você ainda me ame do mesmo jeito que amou naquele verão, talvez ainda me deseje do mesmo jeito que desejou durante aqueles doze meses. Talvez apenas finja que é insignificante, enquanto na verdade pede a Deus, todas as noites, que traga seu amor de volta. Nosso amor de volta.

- Em Tenebris.  


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