23.3.13

Your eyes make the stars look like they're not shining


Essa é a primeiro vez, em oito meses, que eu não sei como começar um texto pra você. Estou olhando para essa página em branco há horas, e simplesmente não sei o que escrever. Deve ser porque eu ando guardando minhas palavras sobre nós. Estou segurando todos os meus impulsos de escrever textos, poesias, contos e qualquer outra coisa que envolva você. Faz uma semana que tudo mudou, e eu ainda não sei explicar o que aconteceu. Eu pisquei e você estava ali, na minha frente. Depois de todos aqueles meses intermináveis e vazios sem que eu conhecesse o teu cheiro. Uma semana desde que teus olhos saíram dos meus sonhos e finalmente viraram concretos, se encontrando com os meus. Uma semana desde que me perdi no teu abraço e me debulhei em lágrimas ao ver os teus lábios se encontrando com os dela. Mas, eu não estou aqui pra falar dela. 

Eu queria falar de nós - se é que posso chamar assim. Queria te perguntar o que passou na tua cabeça quando me viu pela primeira vez. Queria saber que pensamentos inundaram sua mente no momento exato em que você abriu o sorriso mais lindo do mundo e veio até mim. Queria saber também, o que você pensou quando me viu beijando aquele garoto - ah e antes que eu me esqueça, me desculpe por isso. Queria saber, se seu mundo desmoronou no instante em que beijei aquele garoto, da mesma forma em que o meu mundo desmoronou no instante em que em que te vi beijando aquela garota. As vezes, quando fecho os olhos, ainda posso ver você sorrindo pra mim e virando para unir seus lábios aos dela... Dói da mesma forma que doeu naquela noite, mas não se preocupe, vai passar.

Ontem, nos vimos de novo. O seu sorriso estava lá. Suas mãos aflitas, o tênis surrado daquela primeira vez, olhar destemido, altura perfeita e a voz mais linda do mundo, também estavam. Mas você estava um pouco diferente. Talvez, se isso for possível, mais bonito. E mais leve também, sem nenhuma outra pendurada em teu pescoço. Ufa! Olhava nos meus olhos, ria das minhas piadas e eu ria das suas. Sorria, me encarava e sorria de novo. Andava com aquele jeitão de moleque que só você tem, mexia com todos que passavam perto de você e voltava a me dar atenção. Me pergunto se você calculou todos os seus movimentos para que eu me apaixonasse mais. Se sim, você foi (muito) bem sucedido, parabéns. 

Fico feliz por fechar os olhos e te ver. Abrir os olhos e te ver também. Você continua em todos os lugares, mas agora com detalhes. Agora com suas manias, jeito de olhar, mexer as mãos e o cabelo. Acho que eu merecia isso, não é mesmo? Você veio pra bagunçar a minha vida, deixou meu mundo do avesso e nem avisou que ia passar com o furacão que você trás consigo. Você é um tornado, e sabe disso. Passa destruindo tudo que vê e é claro que eu não podia ficar de fora. Mas eu não me importo se você quer bagunçar a minha vida, meu coração ou o meu cabelo. Não me importo apenas se você prometer que vai ficar, que não vai fugir igual os outros, porque não importa o que eu faça ou as bocas que eu beije, no final da noite é sempre do teu sorriso que eu vou me lembrar.

- Em Purgare.



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