25.7.13

And with every touch you fixed me


        É complicado, sabe? Falar desse nosso nós. Tão rápido, tão cheio de declarações e entregas, mas ao mesmo tempo tão vazio. Você veio, do seu jeito, mansinho, me envolveu, me envolveu, me envolveu e… Me levou pra ti. Eu fiquei confusa. Era tão avassalador e quente, mas no fundo eu não percebia o quanto era frio. Você precisava de um apoio, de um ombro, de alguém que não te chamasse de louco. Eu só precisava de alguém que gostasse de mim.
       Era muito tempo de paulada atrás de paulada, entende? Eu estava meio Cazuza, meio down. Precisava de uma forcinha, de alguém pra beijar meu ego e cheirar meu cangote, sabe? Alguém que me puxasse pela cintura e me tirasse do sério, mas com você não era assim, não era fogo, não era ardor, não era primavera. Era calmo, meio outono, meio gelo, meio brisa. Sim, você me puxava pela cintura - e como puxava… - mas parece que não foi o suficiente.
       Eu precisava de mais, eu queria mais, e nesse querer eu esqueci de fazer a minha parte, perdão. Eu não sabia que precisava de mais, eu achava que estava tudo certo, e nesse achar, te perdi. Te perdi aos poucos, pra ser sincera. Na verdade, te tive por muito pouco tempo. Um mês e meio, olha só! Mas sai no lucro… E você, coitadinho, que nunca me teve de verdade? Eu era sua, mas também era daquele cara do outro colégio, e do outro loiro de olhos azuis… Eu era do Chato Mais Legal de Todos, era do alto magrelo da outra sala, era do vendedor da livraria, era de todos os meus ex… Eu era de tantos, que pra você sobrou tão pouco. Justo pra você que merecia mais, ou então, tudo.
      Perdão. Perdão. Perdão.
      Mas, eu te avisei no começo. Que eu não era de ninguém, que eu era da vida. Que eu era dificil, dura, que não iria nem queria me apaixonar. Você quis tentar. E eu deixei. E eu tentei. Mas coração é uma coisa complicada, não é uma máquina, a gente não reinicia, não controla, não obriga a amar. Eu gostei de você. Desde o começo. Seu jeitinho era engraçadinho, meio tipo o meu, e eu quis tentar. Não me arrependo de nada e na verdade queria que nossa história tivesse durado mais. Quem sabe eu não aprendesse a te amar? Mas acho que nunca vamos descobrir… Tudo bem, paciência. Acho que é isso, reta final pra nós.
      Valeu a pena aqui, e ai? Espero que também. Obrigada pelos livros, e pelos beijos. Pela confiança e pela entrega. Quem sabe a gente não se encontra por ai?
      Até breve, Guerreiro.

- Em Tenebris

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