3.8.13

For never was a story of more woe than this of Juliet and her Romeo


       Como já dizia Mario Quintana: “o amor é feito laço: vive dando voltas, se enrosca mas não embola.”   Quando é pra ser ele simplesmente... acontece. 
    Com o meu Romeu e a minha Julieta, foi assim. Eles se cruzaram de forma insignificante, ninguém acreditaria que eles iriam lutar tanto pra ficar juntos. O reino dele era muito longe do reino dela, e não tinha muito o que fazer quanto a isso. A não ser planos, infinitos planos. 
       Planos de fugir. De se casar. De ter quatro filhos. De lutar contra o que quer que fosse. De ficar juntos, custe o que custar. Qualquer um que os visse juntos acreditaria cegamente no amor que ali transbordava. Um amor puro e sincero, que nem a distância ou as infinitas brigas foram capazes de separar. Era difícil não se comover com a dor dos dois. Cada separação uma nova cicatriz que se formava, cada reencontro um curativo. Assim eles levavam... Assim eles eram felizes. O importante era ter um ao outro. E foi assim. 
      Um dia os vi juntos horas antes de uma das separações. Julieta estava vermelha, tremendo, os olhos mareados, o coração na mão. Romeu odiava a ver assim, queria poder levá-la consigo, a ter pra sempre. Ele tinha, claro que tinha, mas as vezes parecia que não. O destino era traiçoeiro com os dois, e eles sempre acabavam longe, unidos de coração pra coração. 
       A lua cheia brilhava por eles. A noite, que já escurecia a rua, agora servia de cenário para a cena final da peça. Eles choravam abraçados, já sem conseguir dizer nada. As lágrimas falavam por si só, os corações aflitos conversavam e tentavam acalmar um ao outro. “Calma, calma, volto já.” Ia voltar, ia sim! Iam se abraçar, e se amar muito mais do que qualquer outra vez antes. Como sempre foi. Cada reencontro um recomeço. Um motivo pra aumentar ainda mais aquele sentimento, que muitas vezes parecia – e era! – infinito. 
       O silêncio já era maior. Palavras estragariam qualquer coisa agora. “Eu te amo” “eu te amo” “vou voltar” “eu sei” “me espera?” “te espero!” “pra sempre?” “pra sempre!”. E era pra sempre, mal sabiam eles. Eu sempre soube que eles terminariam juntos, custasse o que custar. Era difícil ficar longe... Que se casassem então! E assim seria. E assim foi. Juntos. Pra sempre. 
       Força Romeu.
       Força Julieta. 
       Vai acabar bem. Vai sim.  
       E se ainda não está bem, é porque não chegou no final. 
     E lembrem-se, eu Frei Lourenço da história, estarei aqui pra ajudar que o final chegue logo. E chegue bem! 

- Em purgare                    

(Esse texto é uma homenagem para os meus amigos Isabela e João Pedro, que merecem ser muito felizes... Juntos)

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