11.5.14

The one I will always love - Dia das Mães


    Esse texto é uma ode à minha mãezinha, dona Eliana, tão pura e incomparável que temo não saber usar das melhores palavras para me dirigir à ela.

    Tenho dezessete anos e muitas caraminholas na cabeça. Muita vontade de crescer e fugir e sonhar e concluir e ir atrás e ser alguém na vida um dia. Meu pai aplaude e impulsiona, já a dona Eliana...
    Ela não gosta disso. Quer dizer, gosta até onde eu moro com ela e não vou embora jamais, assim que essa linha é cruzada a história já é outra! Vive me rodeando de preocupações: "morar sozinha? em São Paulo? Ah não... Londrina é aqui pertinho!"; medos: "você vai ter que dividir apartamento com alguém!";  ameaças: "você tem que me provar que tem juízo!"; incertezas "não sei se isso vai ser bom..."; súplicas: "como vou fazer pra te visitar de 15 em 15 dias? Não dá! Tenho seu pai e seu irmão aqui, eles fazem bagunça, não posso deixá-los!"; chantagens emocionais: "você não gosta de mim né? Pode falar! Você não me ama!"; provocações: "mas você nem sabe cozinhar! Não sabe lavar roupa! Não vou estar lá pra fazer strogonoff pra você!". Mas mal sabe ela...
     Mal sabe ela que ao mesmo tempo que eu morro de vontade de alçar voo, fico aterrorizada só de pensar em ficar longe dela, da panqueca que só ela sabe fazer, do colo que só mãe tem, das nossas tardes juntas, de irmos ao cinema, de dividir as fofocas, de reclamar da vida e até de brigar com ela. Não há ninguém no mundo como a mãe da gente. E, cá entre nós, não há ninguém no mundo como a minha mãe.
     Ela é tão ela que as vezes até me irrita. Tão calma, meiga, querida, dedicada, esforçada, preocupada, engraçada, divertida... Tão mãezinha, tão indefesa, que tenho medo de me jogar no mundo e deixar ela para trás. Quando eu for embora, quem vai ficar pra falar dos homens bonitos da novela e da cidade pra ela? Quem vai lavar a louça de domingo e varrer a casa? Quem vai assistir filme com ela? Quem vai abraçar ela por cima porque por baixo não dá mais? Quem vai pegar emprestado as roupas dela? Ela vai pegar emprestado as roupas de quem? Quem vai comprar sapatos com ela? Pra quem eu vou contar das minhas inúmeras paixões?
     Vou ter que te levar comigo, mãe.
     Te levar comigo para todo e qualquer lado que eu vá. E essa é com certeza uma das minhas maiores vontades. Pena que não dá pra morar junto pra sempre, né? Um dia vai chegar a hora de crescer. Mas, mãe, sua presença na minha vida nunca vai deixar de ser importante. É impossível que um dia esse amor tão imensurável diminua ou deixe de existir. Perdoe o clichê, mas sei que às vezes não sou a filha que você tanto merece. Sei que falo demais e às vezes de menos. Que gosto de chocar e ir contra as vontades do mundo, que sou preguiçosa e troco muitos momentos importantes por um bom tempo dormindo... Mas isso não importa e não muda nem uma vírgula do que eu sinto. Nem hoje, amanhã ou em tantos anos.
    Você é meu exemplo de força e de coragem. Esteve do meu lado em absolutamente todos os momentos, sempre disposta a me mostrar o melhor caminho. Me dá sempre esperança de que um dia melhor vai chegar, que "o que é meu tá guardado", me proporciona uma paz que ninguém mais pode dar, é meu espelho, meu exemplo, meu porto seguro. Sempre tão decidida e disposta a fazer o melhor para aqueles que ama, sem se importar com o que te vai custar. Talvez ser mãe seja sobre isso, sobre doar uma parte de você pelo outro, e espero um dia ser uma mãe tão maravilhosa quanto você, tão inteligente e cheia de qualidades.
    Você é incrível, mãe. A melhor de todas.
    E eu te amo mais do que cabe em palavras.
    Feliz dia das mães, mãezinha.

- Em Purgare


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