22.2.14

There will always be more words


     Eu soube que te amaria pra sempre desde o primeiro segundo em que pousei meus olhos nos seus. Soube que amaria teus cachos, teus dramas, tuas birras, tuas manias. Que pensaria em você todos os dias antes de dormir, e que tu seria único no mundo e na minha vida.
     Confesso que as vezes não sei se tudo aquilo aconteceu ou se foi apenas minha imaginação. Você, melhor do que ninguém, sabe que vivo costurando a realidade nas palavras e fico sem saber distinguir depois. Sabe também, que sempre me foi extremamente atraente escrever sobre aquilo que eu queria que acontecesse, não sobre o que de fato aconteceu. E você inclusive sabe que te coloquei nas palavras mais do que qualquer outro, amor. Que escrevi sobre tudo aquilo que não disse e queria dizer e sobre tudo aquilo que queria que você dissesse, mas nunca disse e nunca dirá, pois já não há mais tempo nem paciência para nós, meu bem.
      É difícil compreender que o que passou não volta mais, e que de nós só nos resta as palavras e o que sobrou delas, depois de todo esse tempo. E que tempo! E quanto tempo!
      Você acredita que quatro anos já se foram? E que nenhum deles volta mais? Eu não. Não acredito, assim como não aceito e não quero levar pra frente. Ainda passo horas imaginando como seria se a gente se reencontrasse e tivesse tempo para falar sobre aquilo que não tivemos tempo antes. Sobre todos os motivos ocultos e escancarados que nos levaram ao inevitável fim daquilo que eu achava que seria pra sempre. Lembro de ter passado tanto tempo te procurando em todos os cantos, caixas e gavetas... Implorando por qualquer mínimo resquício seu que pudesse me provar que tudo aquilo, ou pelo menos parte daquilo, foi verdade. Que eu não havia de fato enlouquecido ou perdido o pouco juízo que ainda tinha.
      De nós, ninguém nunca saberá de tudo. Ninguém nunca será capaz de entender o porquê de eu ter te amado tanto e te quisto tanto, dessa forma tão intensa e ingênua com que aprendi a te amar e amei por todo aquele 2009... Um amor leve, sem muitas turbulências, mas tão gigante e sincero. Um amor que me sugou e incomodou baixinho por tenebrosos invernos, desde que você partiu e acabou de vez com nosso "nós", tomando coragem de fazer aquilo que nós dois sabíamos que mais cedo ou mais tarde acabaria acontecendo.
     Mas hoje eu enxergo que talvez tenha sido melhor assim.
     E não há mais tempo.
     Acredito que até o final dos dias eu vou escrever sobre você. Escrever sobre sua forma terna e peculiar de me amar, de forma que nenhum outro um dia foi capaz. Acredito que terei sempre o que dizer sobre o que aconteceu com a gente, e vou querer por em palavras tudo aquilo que não consegui de fato te dizer um dia... E são tantas coisas, amor. Tantas que você não acreditaria, assim como eu ainda custo a acreditar e por isso as palavras vão sempre existir quando o assunto for você. Aquele que me ensinou a amar do jeito mais bonito que se pode amar alguém.

- Em Tenebris

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